EAD
Pré-Congresso 2014
ABPE | 04.11.13
Caros amigos,
Em 2014 teremos o 5º Congresso Brasileiro de Pedagogia Espírita e o 2º Congresso Internacional de Educação e Espiritualidade, nos dias 17 a 20 de abril, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.
Nesse congresso comemoraremos 10 anos de ABPE, 100 anos de nascimento de José Herculano Pires e 200 anos de nascimento de Maurice Lachâtre (editor e amigo de Kardec). O tema central será: Educação, Espiritualidade e Transformação Social.
E como prévia deste grande evento, faremos um encontro na Universidade Santa Cecília - UNISANTA, em Santos.
Venha participar e traga seus amigos e familiares. A entrada é franca.
E nasce uma Universidade…
ABPE | 28.08.13
Hoje a Associação Brasileira de Pedagogia Espírita completa nove anos de fundação.
O embrião da ideia de fundá-la nasceu durante o 1º Congresso Brasileiro de Pedagogia Espírita, evento que reuniu em junho de 2004 mais de mil pessoas no auditório da UNISANTA na cidade de Santos – SP.
E deu certo! De lá pra cá passamos por muitos desafios e dificuldades, contudo, muitas conquistas também configuraram a nossa história.
Montamos nove turmas de Pós-graduação; realizamos mais três edições do Congresso Brasileiro de Pedagogia Espírita e uma do Congresso Internacional de Educação e Espiritualidade (envolvendo pesquisas do Brasil e do exterior); lançamos três cursos de extensão na modalidade à distância (“Educação e Espiritualidade”, “Filosofia para crianças e adolescentes” e “Introdução à Pedagogia Espírita”); estruturamos uma formação para educadores da primeira infância que enfatiza o afeto, as artes e a espiritualidade; estabelecemos parceria com a Capemisa, entidade que mantém os Lares Fabiano de Cristo em todo Brasil – nessa parceria lançamos o projeto Grandes Pessoas e fornecemos materiais de apoio pedagógico para os educadores dessas instituições.
E em 2014 teremos o 5º Congresso Brasileiro de Pedagogia Espírita e o 2º Congresso Internacional de Educação e Espiritualidade, que devem se realizar nos dias 17 a 20 de abril, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo – Capital. Nesse congresso comemoraremos 10 anos de ABPE, 100 anos de nascimento de José Herculano Pires e 200 anos de nascimento de Maurice Lachâtre (editor e amigo de Kardec). O tema central será: Educação, Espiritualidade e Transformação Social.
Além de tudo isso, junto com a Editora Comenius (fundada em 1998), nossa irmã mais velha de ideal, contribuímos com a publicação de alguns títulos na linha editorial acadêmica, na série Mediunidade Pedagógica e para o público infanto-juvenil.
Por isso, neste dia 28 de agosto, estamos muito felizes ao identificar que o caminho percorrido desde 2004 está cheio de frutos e com excelentes promessas para o futuro.
Logo, gostaríamos de agradecer imensamente a todos que apoiam ou apoiaram de alguma forma a ABPE ao longo desse percurso de nove anos: aos funcionários, aos coordenadores, aos associados e também aos que partilham desse ideal de contribuir para a transformação do mundo através de uma educação cada vez mais integral. Certamente sem essas pessoas não teríamos chegado até aqui.
Muito obrigada! Essa comemoração pertence a todos nós.
Grande abraço.
Equipe ABPE
Frutos do Congresso 2015
ABPE | 31.07.12
O Espaço Pampédia, no qual a ABPE está atualmente sediada, promove todos os meses eventos culturais que buscam abordar temas ligados à área da educação, psicologia, espiritualidade, entre outras.
No último mês de Maio o tema em foco do Café Pedagógico foi a respeito da redução da maioridade penal.
Aqui apresentamos a primeira parte do vídeo deste evento. Você pode conferir os demais vídeos no canal do Espaço Pampédia no You Tube.
Inscreva-se para acompanhar as novidades.
Homenagem aos Pedagogos
ABPE | 20.05.13
Hoje, 20 de Maio, dia do Pedagogo, a ABPE presta homenagem a estes profissionais tão importantes para a transformação do mundo.
Parabéns, pedagogos!
Que Comenius, nosso patrono e um dos maiores pedagogos de todos os tempos, possa inspirar-vos sempre.
Ideário do Educador
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Pensar no bem, falar no bem e exemplificar o bem.
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Ser comedido nas palavras, correto na ação e ponderado nas emoções.
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Cultivar a alegria, evitar a leviandade e mostrar-se sempre sincero.
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Amar sem apego, ser doce com seriedade e firme sem dureza de coração.
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Procurar a sabedoria com humildade, prezar a inteligência com clareza e ensinar com simplicidade.
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Fazer-se entendido por todos, amado pelos bons e respeitado pelos rebeldes.
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Servir à sociedade, transcender as convenções e buscar o Reino de Deus.
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Ser puro de coração, elevado no pensamento e nobre no proceder.
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Servir aos homens como quem serve a Deus, amar todas as crianças como suas e conviver amistosamente com a juventude.
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Lutar pela Educação universal, empenhar-se pela Educação integral e praticar a Educação pelo amor.
Jan Amos Comenius
(Mensagem psicografada, maio de 1999)
Mediunidade e Ciência
DANIELLE | 07.12.12
PESQUISA SOBRE MEDIUNIDADE TEM REPERCUSSÃO INTERNACIONAL
A pesquisa envolveu profissionais de Instituições do Brasil – USP e UFJF e também dos EUA – Universidade da Pensilvânia e Universidade Thomas Jefferson e teve um caráter pioneiro no exterior. Dentre os pesquisadores brasileiros que fizeram parte, temos o cientista Julio Peres (o maior responsável pelo estudo) do Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e Alexander Moreira-Almeida do Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde da UFJF, ambos dirigiram a pesquisa e também fazem parte do corpo docente da nossa pós-graduação.
O estudo Neuroimaging during Trance State: A Contribution to the Study of Dissociation - Neuroimagem durante o estado de transe: uma contribuição ao estudo da dissociação baseou-se em análises feitas por equipamentos de alta tecnologia em cérebros de médiuns psicógrafos em transe, dentre os médiuns estudados estava presente a coordenadora geral da ABPE Dora Incontri.
O estudo Neuroimaging during Trance State: A Contribution to the Study of Dissociation - Neuroimagem durante o estado de transe: uma contribuição ao estudo da dissociação baseou-se em análises feitas por equipamentos de alta tecnologia em cérebros de médiuns psicógrafos em transe, dentre os médiuns estudados estava presente a coordenadora geral da ABPE Dora Incontri.
A ideia central consistiu em fazer uma comparação entre a atividade cerebral dos médiuns durante o transe mediúnico e depois fora dele. Os participantes foram submetidos a um mapeamento do fluxo sanguíneo cerebral enquanto psicografavam e depois enquanto escreviam um texto de sua autoria, ou seja, fora do transe mediúnico.
A hipótese da pesquisa era que em ambas situações as regiões do cérebro, ligadas à criatividade e ao planejamento (condições pertinentes à escrita) seriam ativadas com a mesma intensidade. Só que os resultados mostraram que não. Durante o processo mediúnico as referidas áreas foram menos requisitadas apesar da complexidades dos textos produzidos.
Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico internacional PLos ONE.
PLoS ONE é uma organização internacional sem fins lucrativos que recebe relatórios sobre pesquisas primárias de qualquer disciplina científica. Todo o seu conteúdo tem acesso on-line livre pelo endereço: http://www.plosone.org/
ssa pesquisa abre novos portas o estudo da mediunidade e dos fenômenos extrafísicos dentro da Universidade, já que falar sobre o assunto é um tabu de séculos para a Academia. A ABPE apoia iniciativas como essa por acreditar que o exercício da espiritualidade pode e deve está aliado à crítica, à pesquisa, à ciência.
Parabenizamos com muito orgulho os nossos professores Julio Peres e Alexander Moreira-Almeida pela brilhante contribuição.
Matéria da Revista Época sobre a pesquisa
Clinica Julio Peres
Nucleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde
Formação Primeira Infância
DANIELLE | 15.08.12
No último dia 28 de julho aconteceu no Lar Anália Franco em Jundiaí (SP) o primeiro encontro do curso Olhando a criança e o educador: afeto, sensibilidade, artes e espiritualidade, promovido pela Associação Brasileira de Pedagogia Espírita.
O encontro contou com a participação das educadoras da primeira infância e de gestores do próprio Lar Anália Franco e também de outras instituições educacionais da cidade de Jundiaí.
A abertura realizou-se com um delicioso café da manhã (feito pela próprias professoras do curso) com flores e ao som de música clássica. Durante todo o dia houve debates, reflexões em grupo e produção dos participantes.
O tema em foco abordou, além da importância do acolhimento e da sensibilidade nas relações entre educador e educando, os conceitos de criança e de infância ao longo da história e as repercussões destes na educação.
Consideramos que a experiência foi rica e a troca realizada entre todos favoreceu um despertar do olhar para a valorização da estética, da importância do cultivo da sensibilidade e da afetividade nas relações com os pequenos.
Sabemos que são muitas as dificuldades enfrentadas pelos educadores da educação infantil para que práticas inovadoras renovem as instituições pedagógicas, contudo, acreditamos que muito mais do que o aprendizado de técnicas, de metodologias, a formação continuada implica também numa abertura intelectual, sensível, e inclusive moral do educador.
Os temas são muitos, as peculiaridades mais ainda, por isso estamos unindo esforços para que este nosso trabalho cresça e contribua, mesmo com uma pequenina parcela, para a transformação da educação.
Deixamos aqui o nosso agradecimento ao Lar Anália Franco e a todos que participaram desse primeiro encontro.
Equipe ABPE
A Pós, a ABPE e os do Contra
ABPE | 16.01.12
Para levarmos adiante a bandeira da Pedagogia Espírita, que pretende resgatar o Espiritismo como proposta cultural, filosófica, científica e, sobretudo, pedagógica, encontramos algumas preconceitos, que são barreiras a serem transpostas.
Um deles está entre os não-espíritas, que podem de início pensar, que trabalhamos uma proposta doutrinante e proselitista. Não é o caso. A Pedagogia Espírita trabalha com a perspectiva inter-religiosa, com a inserção da espiritualidade na Educação, de forma plural e, portanto, não pretende doutrinar ninguém.
É certo que é uma proposta reencarnacionista, mas não é apenas o Espiritismo que aceita a ideia da reencarnação – aliás tão antiga quanto a humanidade. Quase metade da população brasileira, segundo diversas pesquisas, encampa essa ideia, quando apenas 3% é espírita declaradamente, pelos dados do IBGE. Além disso, a reencarnação é uma hipótese trabalhada em pesquisas científicas há mais de 40 anos, sobretudo pela equipe liderada por Ian Stevenson (1918-2007), da Universidade de Virginia, com mais de 2 mil casos de crianças com memórias espontâneas de vidas passadas. Propor uma pedagogia que leve em conta essa hipótese da reencarnação está longe de ser proselitismo religioso.
Outro preconceito parte dos próprios espíritas, quando articulamos cursos acadêmicos pagos, reconhecidos pelo MEC, em parceria com Universidades. As duas acusações principais são de elitismo e de comercialização do Espiritismo.
À primeira, respondemos que para adentrarmos a cultura contemporânea, deixando uma marca consistente, bem articulada, com fundamentos científicos e filosóficos, é preciso que estejamos em diálogo com o pensamento acadêmico, é necessário que tenhamos competência no discurso. Não adianta ficarmos em pregações religiosas piegas, sem aprofundamento, sem rigor científico, sem diálogo com as correntes atuais e com as pesquisas mais recentes. Não adianta nos fecharmos nos guetos dos centros espíritas, como dizia Herculano Pires, “apenas espargindo passes e água fluida”, numa posição fanática e igrejeira, quando nos compete transformar o mundo, agindo com os instrumentos que temos à disposição na cultura, na sociedade, através da pesquisa, da educação, da escrita…
É claro que podemos manter uma posição crítica em relação a academicismo vazio, às vaidades do poder universitário, ao elitismo excludente da Educação, ao hermetismo e ao conservadorismo de certas escolas de pensamento, mas isso não significa desqualificarmos uma instituição, que há mil anos vem contribuindo para a evolução do conhecimento, que vem educando gerações e onde germinam igualmente revoluções conceituais e sociais. Portanto, é um direito e um dever nosso inserir na Universidade a visão espírita (não concebida como religião dogmática, mas como filosofia e possibilidade de investigação científica), para o debate de ideias desse início de milênio. Isso não é elitismo, é, ao invés, o que fazia Kardec, que se punha sempre em diálogo com as correntes do seu tempo.
À segunda objeção, de comercialização do Espiritismo, temos algumas considerações importantes a serem feitas. Primeiro, o que não se pode comercializar no Espiritismo é a mediunidade, é a assistência espiritual, é o acesso ao Centro Espírita, às palestras, aos passes etc. A gratuidade do que vem dos Espíritos, o não enriquecimento direto ou indireto do médium, seu intermediário, é um postulado básico proposto por Kardec, com o qual concordamos inteiramente. E, no entanto… ao transformar o conteúdo de uma psicografia, num livro para ser posto no mercado, por exemplo, estamos adentrando o mundo comercial. E se Chico Xavier não ganhou um centavo pelos livros que psicografou, a FEB hoje possui um patrimônio substancial, em parte advindo da publicação dos livros do médium mineiro. E não estou fazendo uma crítica a isso, porque se ninguém se beneficia pessoalmente desse patrimônio e ele for usado em prol da causa, é tudo muito justo, porque precisamos de dinheiro para atuar no mundo.
Por outro lado, já existe no Brasil, uma larga exploração comercial da literatura espírita e não ouvimos nenhuma crítica a isso. O que chamamos aqui de exploração comercial? São livros ralos, sem conteúdo, que não contribuem em nada para a educação do povo, mas apenas anestesiam o leitor, com uma literatura chula e que são vendidos aos milhões, apenas com um objetivo: enriquecer editores e alguns médiuns, que se servem da fachada de instituições sociais, para auferir vantagens pessoais. E onde estão os nossos críticos que não dizem nenhuma palavra a esse estado de coisas?
A ABPE, entretanto, ao lado da Editora Comenius, tem se empenhado em produzir cursos, congressos, eventos com professores de alto nível, espíritas ou não, em publicar livros de qualidade, de conteúdo consistente. Tudo isso, lutando com imensas dificuldades financeiras, com sacrifício mesmo de seus dirigentes, funcionários e voluntários. Não há busca de enriquecimento pessoal de ninguém. Mas as coisas nesse mundo material têm custo: aluguéis, salários, serviços, gráficas, papel, os convênios com as universidades são pagos, esse site… portanto, é preciso cobrar pelos livros, cobrar pelos cursos, cobrar pelos congressos, cobrar pelos eventos. Quem nos conhece de perto, porém, sabe quantas bolsas damos a pessoas que realmente precisam (há muitos que pedem, mas podem perfeitamente pagar); quantos descontos, quantas doações…
Além disso, contrariamente, às sugestões de muitos, todo esse site da ABPE é de acesso livre para o público. Apesar dos associados contribuírem mensalmente e algumas pessoas pensarem que deveríamos fechar um conteúdo apenas para eles, adotamos a política de deixar todo o conteúdo aberto.
Gratuitamente, também, a ABPE mantém há anos o programa Educação para Todos, na Rádio Boa Nova, atualmente com a participação de Dora Incontri, Alessandro Cesar Bigheto e Claudia Mota, para a divulgação e esclarecimento da nossa proposta. E gratuitamente, oferecemos palestras, seminários, workshops por todo o Brasil a respeito da Pedagogia Espírita e temas correlatos. Assim, o que se pode oferecer de graça, oferecemos. O que nos custa muito, temos de cobrar um pouco.
Esse editorial foi escrito para rebater diversos e-mails que recebemos todas as vezes que lançamos uma campanha do curso de Pós de Pedagogia Espírita, com pesadas críticas ao fato de ser um curso pago. Vamos formar em 2012 a 8ª turma e até agora, nunca tivemos lucro. Algumas vezes, deu para cobrir os custos, noutras, tivemos prejuízo. Mas quem fez o curso, afirma que lucrou imensamente em conhecimento, mudanças existenciais e abertura de horizontes espirituais. Então, nosso esforço está sendo recompensado, mas achamos que seria interessante informar aqueles que julgam as coisas sem saber do que estão falando.
Abaixo, um trecho de Herculano Pires sobre esse tema:
Kardec assinalou que o aspecto religioso do Espiritismo é a consequência moral da Ciência espírita e da Filosofia espírita. Compreendemos hoje perfeitamente esse problema. Ora, não é possível confundirmos a exigência natural de gratuidade para as atividades religiosas com as condições especiais das atividades culturais. O próprio Kardec deu-nos o exemplo disso, estabelecendo a necessária diferença entre os dois campos. Para entregar-se às atividades de escritor e editor, no campo doutrinário, sem as quais não teríamos a doutrina espírita – teve de aceitar os proventos de sua atividade cultural e material, enquanto nas atividades morais e religiosas dava o exemplo da mais absoluta abnegação.
Todas essas considerações têm por fim demonstrar que o diretor, os professores e os funcionários das escolas de espiritismo não podem nem devem funcionar de maneira gratuita, o que aliás já se verifica, por exemplo, no funcionamento dos hospitais espíritas e das próprias escolas do nascente sistema educacional espírita. Digno é o trabalhador do seu salario, e só se pode dispensá-lo quando se tiver meios próprios de renda. As Escolas de Espiritismo são como as Escolas de Filosofia, de Medicina, de Engenharia, com a única diferença que não forma especialistas profissionais, mas preparam os alunos para a construção de um mundo melhor, de uma sociedade mais humana. Isso não impede também que os prepare num outro sentido, para o exercício da profissão de professor, diretor ou funcionário dessas mesmas coisas, ou ainda de assistentes para os hospitais espíritas, orientadores de Editoras Espíritas, jornais, revistas e publicações espíritas várias e assim por diante.
O campo de atividades espíritas aumentará na proporção em que melhor compreendermos a Doutrina e sua profunda significação na Vida mundana. Seríamos imprudentes como as Virgens da parábola, ou hipócritas como os fariseus formalistas, senão tratássemos de preparar, com o rigor exigido pelo desenvolvimento cultural do século, os especialistas de que vão depender inevitavelmente as atividades espíritas no futuro, nesse futuro, aliás, que já está começando aos nossos olhos. Ou tratamos o Espiritismo a sério, dando-lhe por nós mesmos o lugar e o direito de cidadania que lhe cabem no mundo cultural; ou lhe negaremos, também nós, o que os adversários sempre lhe negaram. Esse o dilema com que nos defrontamos no momento.
Estrutura das Escolas de Espiritismo
As Escolas de Espiritismo devem ser organizadas como verdadeiras unidades do Ensino Superior, com todas as suas características. Poderão mesmo dividir-se no seu desenvolvimento em cursos especializados, como os das nossas atuais Faculdades de Filosofia. (…)
Os professores terão de ser forçosamente, obrigatoriamente, de nível universitário. Os alunos de apresentar certificados de conclusão do ensino secundário ou equivalente ou superior. As matérias e processos de ensino terão tratamento universitário. Porque sem essas condições, não seria possível dar ao ensino a eficácia necessária, nem fazer que as Escolas de Espiritismo atinjam o seu alto objetivo no plano cultural. (…)
Como não será possível a oficialização do ensino ou a sua subvenção, ele terá de ser pago. É da cobrança das taxas que sairá a renda necessária à manutenção da Escola e ao pagamento de diretores, professores e funcionários. Mas, se houver pessoas capazes de compreender a importância dessas Escolas, e que disponham de recursos, poderão ajudar a sua manutenção e oferecer bolsas de estudo aos alunos que não possam pagar. As doações serão necessárias e tão meritórias como as que se fazem para hospitais e outras obras assistenciais.
Revista Educação Espírita (Dezembro de 1970, Ano I – nº 1, São Paulo, Edicel, págs. 62-65)